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Profissionais femininas ganham destaque em áreas técnicas e de liderança, quebrando estereótipos de gênero

A data de 8 de março foi oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU) como Dia Internacional das Mulheres, em uma ação voltada ao combate das desigualdades e discriminação de gênero.

Na Veracel Celulose, a data é mais que uma celebração: é parte do compromisso com a promoção de um ambiente de trabalho inclusivo e psicologicamente seguro, em um setor onde a representatividade feminina ainda enfrenta desafios estruturais. Para superá-los, a Veracel vem avançando, desde 2020, com ações que colaboram na ampliação da presença das mulheres em diversas as áreas e cargos, especialmente naqueles historicamente ocupados por homens.

META DE CONTRATAÇÃO – Entre as ações, está a meta anual de contratação e promoção, na qual 50% das oportunidades de trabalho devem ser voltadas para mulheres, pessoas pretas, indígenas, com deficiência ou LGBTQIA+. Em 2024, a Veracel superou a meta e alcançou 56% de novas contratações neste perfil.

PLANO DE INCLUSÃO E DIVERSIDADE – Segundo Flávia Guimarães, especialista de Diversidade e Inclusão da Veracel, os avanços obtidos atualmente fazem parte de uma jornada que começou na empresa em 2020. Na época, foi contratada uma consultoria que ajudou a estruturar um plano de ação relacionado à diversidade e inclusão, com duração de cinco anos e composto por 48 iniciativas.

Mulheres conquistam posições em setores historicamente masculinos, refletindo avanços em equidade de gênero

Entre elas, a criação de programas de formação profissional com vagas prioritariamente para mulheres, o desenvolvimento e promoção de mulheres na empresa, políticas de suporte à parentalidade e espaços de troca e fortalecimento profissional.

EVOLUÇÃO DA PRESENÇA FEMININA – Desde então, a presença feminina na Veracel vem crescendo. Flávia ressalta que em 2020, antes do plano de diversidade e inclusão, a empresa contava com 19,8% de mulheres na força de trabalho. Em dezembro de 2024, já eram 24,5% de mulheres ocupando postos de trabalhos.

O grande avanço ocorreu em posições de liderança. “Em 2020, a Veracel contava com 22,9% de mulheres na liderança, e atualmente esse índice é de 34,2%, um avanço expressivo em apenas cinco anos, fruto dos processos de conscientização, além de meta corporativa e programas de desenvolvimento”, observa.

COMPARATIVO COM O SETOR – Em um comparativo, pesquisas apontam que empresas do setor têm uma média de 18% de representatividade feminina no quadro geral, abaixo dos 24,5% da Veracel. “Essa diferença é ainda maior no quesito liderança feminina. Enquanto a média do setor é de 24%, a Veracel tem 34%, um indicador bastante positivo”, comenta Flávia, salientando que os dados são de 2023 e constam da pesquisa Panorama de Gênero, da Rede Mulher Florestal.

“Historicamente, o setor de papel e celulose é majoritariamente masculino. Sabemos que ainda temos muito a avançar, mas quando comparado com o setor, ficamos muito felizes, porque realmente são avanços muito expressivos em uma quantidade de tempo relativamente pequena”, comemora.

EXEMPLOS DE INCLUSÃO – Através de parcerias com o SENAI, a Veracel promove a capacitação técnica em cursos que normalmente as mulheres não apostam, como operadoras de máquinas florestais. Por isso, exemplos de mulheres desempenhando funções majoritariamente masculinas são cada vez mais frequentes na empresa.

 

Marina Nascimento, engenheira florestal, exemplifica a crescente presença feminina em setores técnicos na Veracel

Uma delas é Mariana Nascimento, representante da área florestal. Para ela, trabalhar na Veracel na sua área de formação, que é engenharia florestal, é a realização de um sonho.

“ Silvicultura e agricultura, em geral, são majoritariamente masculinas no Brasil. Hoje isso tem começado a mudar e é uma quebra de estereótipo”, afirma. “No meu setor, sou liderada por uma mulher e temos lideranças femininas respeitadas”, acrescenta. ,3

Ela frisa a importância da representatividade feminina dentro da empresa. “A mulher traz um pensamento inovador, traz várias formas de diálogo que talvez o pensamento puramente masculino não traria”, pondera.

Giovana Bispo, operadora de área, quebra barreiras de gênero em um ambiente majoritariamente masculino

A operadora de área Giovana Bispo explica qual o sentimento de ser uma mulher que atua em uma função predominantemente masculina. “Por ser operadora de área, que é um lugar onde há muitos homens, ter essa percepção que empresa oferece de diversidade de inclusão, principalmente para as mulheres, é bastante interessante”, afirma.

REAÇÃO DE ESPANTO – Com apenas 25 anos, a motorista de caminhão Jasmine Ferreira, que trabalha na empresa JSL, parceira da Veracel, está em processo de promoção para conduzir carretas. Ela diz que a reação das pessoas ao vê-la dirigindo um caminhão é de espanto. Mas salienta que, apesar de ser jovem e baixinha, todo mundo a respeita. “Em uma função majoritariamente ocupada por homens, ser respeitada é essencial”, pondera.

Jasmine Ferreira, motorista de caminhão, desafia estereótipos e ganha respeito em seu campo na Veracel

Ela deixa um conselho para outras mulheres que desejam trilhar esse caminho. “Invistam em conhecimento, porque o setor de transportes está cada vez mais aberto e inclusivo para mulheres”, adianta.



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