A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), determinou, na sexta-feira (13), a intervenção imediata do Conjunto Penal de Eunápolis e afastou a diretora, Joneuma Silva Neres; o diretor-adjunto, Elton Rocha; e o coordenador de segurança da unidade. A medida foi tomada após a invasão por criminosos e fuga de 16 detentos do presídio, ocorrida no final da noite de quinta-feira (12).
A intervenção administrativa é por 30 dias, prorrogáveis por igual período. Segundo o secretário da Seap, José França, o afastamento dos funcionários teve por objetivo garantir “a imparcialidade no restabelecimento dos procedimentos operacionais”.
SINDICÂNCIA – O secretário destacou que, assim que foi informado sobre a fuga, determinou a instauração de uma sindicância para apuração do fato. José França estava em Brasília quando ocorreu o resgate dos detentos e viajou imediatamente a Eunápolis para acompanhar a situação de perto.
Em nota, a Seap salientou que está prestando apoio às polícias Civil e Militar, que seguem à procura dos fugitivos. “Não iremos descansar até que todas as providências da Seap sejam concluídas”, afirmou José França.
CONJUNTO PENAL – O Conjunto Penal de Eunápolis é um estabelecimento de segurança média, destinado à custódia de presos provisórios ou condenados em regime fechado ou semiaberto, provenientes das comarcas de Porto Seguro, Belmonte, Eunápolis, Guaratinga, Itabela, Itagimirim, Itapebi e Santa Cruz Cabrália.
Apesar de abrigar chefes e membros de várias facções, a unidade prisional possui baixo efetivo e não conta com muralha, uma antiga reivindicação que nunca foi atendida.
Antes da fuga ocorrida quinta-feira, o presídio estava com lotação 20% acima da capacidade máxima, abrigando aproximadamente 550 detentos.
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