Uma pesquisa da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) identificou mais de mil itens de lixo flutuante nas águas de Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália, com 90% composto por plástico. O estudo também confirmou a presença de microplásticos em peixes capturados na região e destacou que o consumo de frutos do mar pode representar riscos à saúde humana.
Os resíduos encontrados têm origem principalmente em atividades domésticas e turísticas. Segundo os pesquisadores, a contaminação afeta a cadeia alimentar e compromete o ecossistema marinho, prejudicando diretamente a pesca e o turismo local, atividades fundamentais para a economia da região.
INFRAESTRUTURA INADEQUADA – Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália enfrentam falhas graves na gestão de resíduos sólidos. Conforme o artigo, não há programas estruturados de reciclagem ou associações de catadores, e todo o lixo gerado é descartado em aterros. Além disso, a coleta seletiva é precária, com número insuficiente de lixeiras e falta de separação adequada dos materiais.
A pesquisa aponta que a ausência de fiscalização agrava o problema, como no caso de canudos plásticos, cuja proibição por lei local não é efetivamente aplicada. A situação demanda melhorias na infraestrutura urbana e ações de conscientização ambiental.
SOLUÇÕES URGENTES – Os pesquisadores recomendam a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, com foco em educação ambiental, reciclagem e eliminação de pontos irregulares de despejo.

Medidas como a promoção do consumo sustentável e o fortalecimento de iniciativas locais, como a Associação Gota do Óleo, são consideradas essenciais para reduzir o impacto do lixo na região.
O estudo destaca que o lixo no mar é consequência de ações em terra e que soluções conjuntas entre poder público, população e setor privado são fundamentais para proteger o litoral e suas atividades econômicas.
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