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Juiz e empresário são alvos de mandados de busca em investigação de agiotagem em Porto Seguro

A Operação Descobrimento, deflagrada na tarde desta sexta-feira (16), cumpriu mandados de busca e apreensão nas residências de um juiz e de um empresário no condomínio Outeiro da Glória, em Porto Seguro. Os dois são investigados por crime de agiotagem.

Segundo informações do Ministério Público da Bahia (MP-BA), o juiz Fernando Machado Paropat e o empresário, cuja identidade não foi divulgada, estariam praticando empréstimos com juros acima do permitido por lei. Ainda de acordo com a denúncia, os valores eram transferidos para contas indicadas pelos beneficiários, que emitiam cheques como garantia. As ordens de pagamento ficavam sob custódia do magistrado até o pagamento integral da dívida.

A investigação teve início a partir de um compartilhamento de informações pela Corregedoria-Geral da Justiça do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), que identificou indícios de irregularidades em um procedimento administrativo na comarca de Porto Seguro. Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo próprio TJBA.

Polícia cumpre mandado de busca na casa do juiz investigado por agiotagem

A ação contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar (CPR Sul e Rondesp Extremo Sul), Unai (Unidade de Assessoramento e Investigação da Procuradoria-Geral de Justiça) e Gaeco Sul (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas do Sul).

DENÚNCIA DE CORRUPÇÃO LEVA A AFASTAMENTOS

O juiz Fernando Machado Paropat foi afastado da titularidade da 1ª Vara dos Feitos Relativos às Relações de Consumo, Cíveis, Comerciais e Registros Públicos em junho. O afastamento ocorreu após investigações revelarem um esquema de corrupção em Porto Seguro, envolvendo juízes, advogados, promotores, empresários e membros do Poder Executivo municipal. As investigações, conduzidas pela Corregedoria-Geral de Justiça (CGJ) do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), apontaram para a prática de crimes como corrupção, lavagem de dinheiro, grilagem de terras, fraude processual e agiotagem.

Além de Paropat, os juízes Rogério Barbosa de Sousa e Silva e André Marcelo Strogenski também foram afastados de suas funções como parte das medidas cautelares adotadas diante das evidências encontradas.

As defesas dos investigados ainda não foram localizadas.



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