O engenheiro Reges Amauri Krucinski, 45 anos, foi condenado a 27 anos de prisão em regime fechado por júri popular realizado na sexta-feira (7), no fórum de Porto Seguro. Ele foi considerado culpado pelo feminicídio da mulher, a jornalista Juliana de Freitas Alves, 41 anos, crime que aconteceu na noite de Réveillon de 2022, na residência do casal, no bairro Xurupita.
Juliana foi morta na presença do filho do casal, de 11 meses, da irmã de 13 anos, da filha de 10 anos de outro relacionamento, de duas funcionárias e da filha menor do autor.
Reges, que era CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador), possuía diversas armas em casa.
A sessão do júri, que durou 12 horas, foi presidida pelo juiz André Strogenski. A acusação esteve a cargo do promotor de justiça João Paulo de Carvalho Costa, enquanto a defesa do réu foi representada pelo advogado Ronaldo Duarte.
RELATO DO ACUSADO
Durante o julgamento, Reges chorou ao ser interrogado sobre o crime. Ele relatou lembrar do primeiro disparo, da vítima caindo e dele atirando outras vezes. Disse estar arrependido e que, com a morte de Juliana, ele também “morreu”. Afirmou ainda que o relacionamento era conturbado e marcado por brigas frequentes.
Os dois haviam se mudado de São Bernardo do Campo, em São Paulo, para Porto Seguro há 60 dias, com planos de estabelecer residência e abrir um hotel. Estavam casados há cerca de dois anos.
Pouco tempo após o crime, Reges foi encontrado com a roupa suja de sangue em uma rua próxima à casa do casal. Ele confessou o assassinato e foi preso. O feminicídio teria sido motivado por uma discussão na noite de ano novo.
Ao ser abordado pela polícia, o acusado declarou ter assassinado Juliana com uma das armas que tinha em casa. Na residência, a polícia encontrou uma pistola calibre 380, um revólver 357 e uma espingarda calibre 12, além de 183 munições de calibres variados. Reges era CAC e tinha porte legal das armas.
A família de Juliana relatou ter presenciado agressões verbais de Reges contra a esposa, mas sem conhecimento de violência física. Disseram ainda que o engenheiro restringia o contato de Juliana com seus familiares.
DESABAFO DA FAMÍLIA
“Eu quero que esse monstro, psicopata, apodreça na cadeia”, desabafou uma irmã de Juliana ao Radar News na época do crime.
Juliana de Freitas Alves era sócia de uma empresa de marketing.
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