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Porto Seguro: acusado de matar ex-sócio não comparece a julgamento e é condenado à revelia

Sérgio Santos Menezes, de 25 anos, comparsa de José Cláudio, foi condenado a 16 anos

Acusado de matar o ex-sócio por desentendimentos comerciais, José Cláudio Ferreira, de 54 anos, foi condenado a 20 anos e nove meses de prisão, em júri popular presidido pelo juiz André Strogensk, nesta sexta-feira (24), em Porto Seguro.

Como não compareceu ao julgamento, o réu foi condenado à revelia. Ele é considerado foragido e teve a prisão preventiva decretada.

Sérgio Santos Menezes, de 25 anos, comparsa de José Cláudio, estava presente no julgamento e foi sentenciado a 16 anos de reclusão.

A viúva de Leandro Reis Duque, de 31 anos, assassinado em fevereiro de 2017 com um tiro de espingarda e enterrado, afirmou que ficou indignada com o fato de José Cláudio ter sido solto pela Justiça poucos meses antes do julgamento. Ele havia sido recapturado em dezembro do ano passado, em Governador Valadares, após passar vários anos foragido.

Sérgio Santos Menezes, de 25 anos, comparsa de José Cláudio, foi condenado a 16 anos

“Nossa maior revolta é entender por que ele foi solto poucos meses antes do julgamento, mesmo sendo preso em dezembro e com indícios de que fugiria novamente. A pena não foi tão grande quanto esperávamos, mas o que mais nos entristece é a Justiça tê-lo soltado tão perto do julgamento”, disse Mariane Duque.

Os acusados foram presos cerca de três meses após o homicídio. No entanto, conseguiram relaxamento da prisão e passaram a responder em liberdade. Após não se apresentarem regularmente à Justiça, foram considerados foragidos. Em dezembro do ano passado, José Cláudio foi preso em Minas Gerais durante uma abordagem de trânsito. Na ocasião, o julgamento já estava marcado, mas ele conseguiu novamente o relaxamento da prisão e não compareceu ao júri.

José Cláudio foi recapturado em dezembro do ano passado em Minas Gerais, mas foi liberado pouco tempo antes do júri

Segundo a polícia, o crime foi motivado por desentendimentos comerciais. José Cláudio e Leandro Reis Duque eram sócios em uma usina de concreto em Arraial d’Ajuda. Após a separação, Leandro abriu uma nova fábrica, o que gerou a rivalidade.

Conforme as investigações, o assassinato ocorreu após Leandro ser atraído com uma proposta falsa de negócios até Coqueiro Alto, na estrada Arraial d’Ajuda-Trancoso, onde foi morto. O corpo de Leandro foi enterrado em uma cova rasa e o carro queimado. O corpo só foi encontrado em maio de 2017.



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